domingo, 3 de junho de 2012

Principais Obras

O navio negreiro 


 Senhor Deus dos desgraçados! 
    Dizei-me vós, Senhor Deus! 
    Se é loucura… se é verdade 
    Tanto horror perante os céus… 
    Ó mar! por que não apagas 
    Co’a esponja de tuas vagas 
    De teu manto este borrão?… 
    Astros! noite! tempestades! 
    Rolai das imensidades! 
    Varrei os mares, tufão!


Espumas Flutuantes


Por isso na impaciência 
Desta sede de saber, 
Como as aves do deserto -- 
As almas buscam beber... 
Oh! Bendito o que semeia 
Livros... livros à mão cheia... 
E manda o povo pensar! 
O livro caindo n'alma 
É germe -- que faz a palma, 
É chuva -- que faz o mar.

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